Sua colaboração para a elaboração do Plano Municipal da Mata Atlântica é muito importante, com esse  questionário, destinado a todos que moram em Capão Bonito- SP, acerca de questões ambientais do nosso Município. Esse questionário é muito importante para nós, pois vai nos ajudar a compreender a situação ambiental do Município a partir da sua percepção. 

O  PMMA é um instrumento orientador da gestão municipal, visando  a conservação e a recuperação da Mata Atlântica de modo a garantir seu uso sustentável nos municípios, conforme previsto na Lei da Mata Atlântica. Para isso, é necessário conhecer a situação atual da Mata Atlântica no Município, entender os problemas, identificar as qualidades a serem valorizadas  e definir estratégias para alcançar tais objetivos.

Convidamos você a participar do PMMA, acessando o questionário no seguinte endereço:

https://forms.gle/M2MxL6gFBnA9USc69

A  elaboração do plano é de responsabilidade do IDEAS- Instituto de Desenvolvimento Ambiental Sustentável. 

Ficou interessado? Gostaria de conhecer mais sobre a temática? Elaboramos um pequeno texto sobre o assunto para te ajudar.

http://portalideas.org.br/category/noticias/

O que é a Mata Atlântica?

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o Bioma Mata Atlântica é um conjunto de formações florestais, que engloba além de campos naturais, restingas, manguezais e outros tipos de vegetação, considerados ecossistemas associados, compondo paisagens diferentes, belas e biodiversas, que cobriam originalmente, total ou parcialmente, 17 estados brasileiros e abrangiam uma área de aproximadamente 1.300.000 km².

Mesmo reduzida a cerca de 12,4% de sua área original (quando consideramos  apenas os remanescentes acima de 3 hectares2) e distribuída em milhares de fragmentos, os remanescentes de vegetação nativa ainda guardam altos índices de biodiversidade de fauna e flora e prestam inestimáveis serviços ambientais de proteção de mananciais hídricos, de contenção de encostas, de regulação do clima, além de possibilitar a existência de seres vivos que cumprem importantes serviços ambientais.

Uma parte significativa de vegetação que existe hoje não é a vegetação original que recobria o solo em um passado distante (vegetação Primária). Grande parte das florestas, especialmente àquelas localizadas nas planícies e nos morros com baixa e média declividade, já foi suprimida durante o processo de expansão das áreas agrícolas. Parte da vegetação que existe atualmente se desenvolveu devido ao abandono de áreas agrícolas; o aumento do conhecimento científico acerca da importância da vegetação; bem como a edição de  leis, desde a primeira metade do século passado, que aos poucos aumentaram o grau de proteção à vegetação nativa. Esta vegetação que “retorna” ao lugar anteriormente desmatado (vegetação secundária) passa por um longo processo de desenvolvimento e transformação das espécies ali encontradas (sucessão ecológica) similar ao que ocorre quando parte de uma floresta é perdida por causas naturais, como incêndios provocados por raios ou clareiras abertas após um deslizamento de terra. A toda esta vegetação, seja àquela que sempre esteve ali (primária), como àquela que se regenerou ao longo dos anos (secundária) chamamos de vegetação nativa.

A expansão  das áreas urbanas e agropastoris sobre áreas com vegetação nativa aumentam o  desmatamento e, quando não planejada, causa a fragmentação da Mata Atlântica.  A fragmentação é a redução de um ecossistema (como uma floresta), pelo desmatamento e ocupação, deixando “manchas” de vegetação em meio à uma paisagem alterada. Os fragmentos isolados na área urbana são cada vez mais comuns, separando populações animais e vegetais, dificultando a troca de genes entre as populações destes habitats, levando à perda da biodiversidade. Para se ter uma ideia do estado de alteração desse bioma, a Mata Atlântica já é considerada como o segundo ecossistema mais ameaçado de extinção do mundo.

O PMMA

Florestas tropicais nativas extensas e pouco perturbadas são cada vez mais raras e há urgência de sua preservação, pois abrigam uma grande riqueza de espécies que estão em estado próximo ao original. Entretanto, é importante compreender que proteger a biodiversidade, em termos práticos, não significa apenas proteger florestas primárias e pouco perturbadas.

Nesse sentido, um dos principais focos de interesse do PMMA, a ser elaborado em Capão Bonito, trata da proteção dos pequenos fragmentos florestais, especialmente em áreas urbanas, que também são muito importantes na manutenção da biodiversidade.

O PMMA – Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica – constitui-se num instrumento norteador das diretrizes ambientais para a gestão municipal, conforme previsto na Lei da Mata Atlântica. O PMMA reúne e normatiza os elementos necessários à proteção, conservação, recuperação e uso sustentável da Mata Atlântica.

O Plano é composto pelo diagnóstico da situação atual do bioma no Município, objetivos decorrentes do diagnóstico, ações prioritárias a serem desenvolvidas, bem como definição de áreas de especial interesse para a conservação e recuperação da vegetação nativa e da biodiversidade da Mata Atlântica.

Uma das necessidades no PMMA é promover a conexão dos fragmentos florestais, por exemplo, com a criação de faixas de vegetação ligando os fragmentos florestais (corredores ecológicos), facilitando a dispersão das espécies da fauna e flora entre os mesmos.

Ainda, a ideia é que o Plano se relacione com outros planos e programas existentes no Município, tais como o Plano Diretor Municipal e o Plano Municipal de Saneamento Básico. Pretendemos, assim, através da elaboração do PMMA, ter uma Capão Bonito mais comprometida com o meio ambiente.